União Africana condenou ataques terroristas e agravamento da violência no Mali
O presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Youssouf, condenou no domingo os ataques e raptos de civis no Mali manifestando preocupação sobre a rápida deterioração da situação de segurança no país.
Recentemente, grupos islâmicos armados impuseram bloqueios e interromperam o acesso a alimentos, agravando as condições humanitárias da população.
Em comunicado divulgado no domingo à noite, Mahmoud Ali Youssouf, condenou "de forma veemente" os ataques contra civis que, segundo a União Africana, resultaram na perda de vidas e agravaram a instabilidade no Mali.
Youssouf condenou ainda os recentes raptos, incluindo o de três cidadãos egípcios, e exigiu a libertação imediata e incondicional das pessoas sequestradas.
O presidente da Comissão da União Africana instou a "comunidade internacional" a fornecer uma resposta "forte, coordenada e coerente" para combater o terrorismo na região do Sahel.
A região do Sahel atravessa territórios da Gâmbia, Senegal, Mauritânia, Mali, Burquina Fasso, Argélia, Níger, Nigéria, Camarões, Chade, centro e sul do Sudão, o norte do Sudão do Sul e a Eritreia.
Em particular, o Mali é um dos países devastados pelas ações do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (JNIM), uma organização armada ligada à Al Qaeda que opera na região do Sahel e que controla territórios no Níger, Burkina Faso e Mali, ex-colónias francesas governadas por juntas militares.
Nos últimos anos, os três países têm tentado combater o extremismo islâmico, principalmente através da formação da Aliança dos Estados do Sahel.
Na semana passada, o JNIM impôs um bloqueio económico à capital do Mali, Bamako, com o objetivo de paralisar a cidade, cortando o fornecimento de combustível.